“A Igreja não é um museu para santos, mas um hospital para pecadores”.(Morton Kelsey)
Me entristece o modo que algumas pessoas são tratadas dentro de suas religiões, inclusive existem muitos indignados com Deus por causa da igreja. Normalmente os que são os maus na igreja são somente os mais honestos, porque a honestidade é sempre dolorida e desagradável e por isso não somos bons, quando alguém é sincero e confessa seu pecadoacorda para a realidade de que a igreja não recebe mais tão bem o pecado. Muitos dizem que a igreja está crescendo, mas o que está realmente acontecendo é um inchaço, é muito ensino humano, é muita coisa supérflua, muito programa, rotina, regras humanas e muito pouco de Deus.
A religião em si, obriga as pessoas a corresponderem à muitos padrões. O que vemos não é um lugar que trata os fracos, mas que recompensa os fortes. Temos que entender que a igreja não é um museu para pessoas perfeitas, mas um hospital para pessoas doentes, não é um condomínio fechado e elegante com regras esnobes a respeito de quem pode viver ali dentro. Não obrigue alguém a mudar, deixe o processo acontecer na vida de cada um individual e naturalmente. O que mais vejo dentro de igrejas são pessoas lutando contra si mesmas e seus instintos para manter uma aparência boa, uma moralidade e ética adequada, é tanta hipocrisia, falsos sorrisos, falsos abraços, tantos punhos cerrados e tantos julgamentos!
Hoje, o pecado não é bem aceito dentro da igreja, não se trata mais o pecado como algo que todos fazem(... todos pecaram...), mas de algo que somente os ‘de fora’ fazem. Não se vive mais a Graça no seu real e verdadeiro significado. O que mais vejo são pessoas tentando comprar a salvação, tentando barganhar Deus, tentando fazer o bem, se dedicar, ser fiel... Pensam que por serem bons ganharão o céu! Quanto mais você fizer coisas pela salvação e mais confiar nelas, mais longe estará da Graça e Amor de Deus. As pessoas não podem mais confessar pecados, senão serão excluídas, não podem deslizar senão serão disciplinadas, não podem mais pecar, senão serão mau-olhadas. A igreja tira de você a liberdade que o próprio Deus te deu, a liberdade de ser você mesmo!
Jesus não disse: “Venham, agora vocês são meus discípulos, deixem de pescar, agora vocês terão que ser carpinteiros que nem eu”. Eu vejo um Jesus que deixou as pessoas viverem seus pecados, ele simplesmente mostrou que elas estavam erradas. Ele não empurrou elas para o caminho, apenas mostrou o caminho, quando elas erravam, ele não excluía ou xingava, apenas dava palavras de amor! Temos que entender que Deus não nos muda á força, ele nos faz amadurecer! Deus não trata nossos pecados por meio da dor ou do medo, mas pelo amor. Ele não deu um código de ética, mas uma cruz, porque Ele sabe que o cristianismo não é um conjunto de regras (pois senão seria impossível ser salvo), mas é questão de amor.Ele não trata o pecado com condenação, mas com o perdão! Na religião o amor é reprimido e a liberdade é acorrentada. As instituições religiosas tornaram-se alguém que inflige feridas nos que curam ao invés de curar as feridas, muitos vivem a Graça na teoria, mas negam-na na prática, muitos vivem na casa do medo e não na do amor. Quando entenderemos que Deus nos salva, não porque somos bons, mas porque Ele é Bom? Que um santo não é alguém perfeito, mas alguém que experimenta bondade de Deus?
Nunca esqueça: Deus espera mais pecados de você do que você mesmo, e tudo aquilo o que o Amor separa, a cruz une, tudo o que o pecado rompe a cruz restaura.
Termino com uma citação de Lutero: “Comecei entender a Justiça de Deus, não como algo que pune os culpados e salva os justos (senão todos se perderiam), mas como algo que torna um pecador e infiel em um justo. Não é algo que dá à todos o que é merecido, mas algo que torna todos que se entregam à ela merecedores através da justiça e justificação de Cristo, não por obras para que ninguém se glorie, mas pela Cruz” Qual sua identidade? Médico ou empregado de museu...?... ou coveiro?
Vale a pena da uma lida nesse blog.
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