quinta-feira, 15 de julho de 2010

Lição 11 do livro de Romanos Classe Atitude jovem

A Rejeição de Israel (Romanos 11:1-16)
Paulo continua a sua explicação da posição dos judeus diante de Deus.
O Remanescente (1-5)
Deus não rejeitou os judeus, porque um resto foi salvo. Os judeus não acharam Deus injusto quando rejeitou a maioria na época do profeta Elias, pois sabiam que os injustos não mereciam estar com Deus. Deus mostrou a sua bondade poupando 7.000 fiéis que não serviam aos ídolos. Aqueles que mostraram a sua fé foram poupados. Em Cristo, os judeus que acreditam em Cristo são salvos. A eleição não foi aleatória, um ato do capricho de Deus. Os eleitos são aqueles que aceitam a palavra de Deus.
A Eleição da Graça (5-10)
O remanescente alcançou a salvação pela graça (6). O ponto difícil para os judeus não foi a idéia de eleição em si, pois gozavam a posição de “eleitos” desde as promessas a Abraão e, mais ainda, desde a libertação do Egito. Eles tropeçaram em dois pontos: (a) Quem seria eleito (a inclusão de gentios em igualdade com judeus), e (b) Qual seria a base da eleição (graça X obras da lei).
Paulo divide os judeus em duas categorias (7): (a) A eleição e (b) Os endurecidos. Este contraste mostra que a eleição é conforme a resposta do homem, e não pelo capricho de Deus. Ele cita passagens do Velho Testamento para descrever os endurecidos (8-10): Deuteronômio 29:4 fala dos corações duros, mesmo depois de todas as provas que Deus lhes deu durante 40 anos no deserto; Salmo 69:22-23 fala das atitudes erradas daqueles que crucificaram o Messias. Deus não rejeitou Israel. Israel (com exceção do remanescente) rejeitou Deus.
A Esperança (11-16)
Ainda houve esperança pelos judeus que rejeitaram Jesus (11). Da mesma forma que Deus usou a lei para conduzir o homem à fé, ele usou a rejeição pelos judeus para conduzir muitos à salvação (11-12). Quando os judeus rejeitaram a palavra, a porta foi aberta aos gentios. Quando os gentios aceitaram o evangelho, os judeus sentiram ciúmes (11). Mas a história não terminou ali. Se a rejeição por parte dos judeus abriu uma oportunidade para os gentios, a volta dos judeus mostraria ainda mais a grandeza da graça de Deus (12). Paulo queria usar o exemplo da obediência dos gentios para incentivar a obediência de alguns judeus (13-14). Mesmo sendo apóstolo aos gentios, ele não esqueceu dos seus compatriotas (cf. 9:1-5).
A rejeição pelos judeus trouxe salvação ao mundo? Paulo se refere aqui (15) ao seu próprio ministério de levar a palavra aos gentios. Quando os judeus o rejeitaram, ele se dedicou à pregação aos gentios (cf. Atos 13:46-49; 28:24-29; Romanos 1:16). Como seria maravilhosa a salvação dos judeus (15-16). Duas ilustrações mostram que o povo ainda pode ser aceito: (a) A aceitação das primícias sugere a santificação da massa toda; (b) Se a raiz for santa, os ramos também seriam santos.
Quem são as primícias ou a raiz aqui? Quando consideramos o argumento maior de Paulo sobre a fé de Abraão (veja 4:1 em diante), parece provável que a raiz seja Abraão e os patriarcas. Ele foi justificado por fé. Qualquer outro judeu justificado por fé faria parte do ramo santificado. Novamente, o exemplo da fé de Abraão oferece esperança a todos!

Quebrados e Enxertados (Romanos 11:17-36)
Uma vez que Paulo defendeu a salvação dos gentios e mostrou que muitos judeus haviam rejeitado Cristo, há perigo de os gentios se acharem superiores aos judeus. Vamos ver os comentários de Paulo para prevenir a arrogância entre os crentes gentios.
Ramos Enxertados (17-24)
Alguns ramos (judeus) foram quebrados, e ramos bravos (gentios) foram enxertados na mesma oliveira (17). Os novos ramos não têm direito de se orgulhar, pois eles dependem da raiz, e não vice-versa (18). O fato de serem enxertados não sugere algum mérito dos gentios e não os coloca acima dos judeus (19). A diferença é questão de fé, não de mérito: alguns judeus foram quebrados por falta de fé e alguns gentios foram enxertados por causa de fé (20). Para ficar na oliveira, os gentios teriam que manter o seu temor de Deus. Ele não poupou os judeus incrédulos e rejeitará os gentios se eles se tornarem incrédulos (21).
Paulo frisa os dois lados do caráter de Deus (22): a severidade para com aqueles que caíram e a bondade para com os que crêem. Mas essa bondade é condicional. Qualquer noção da impossibilidade da apostasia cai aqui. Para alcançar a vida eterna, a pessoa tem de manter a sua fé ativa. Se voltar ao pecado, será cortada da fonte da vida.
E agora uma mensagem de esperança. Mesmo aqueles que já rejeitaram Jesus podem mudar e ainda receber a salvação (23). Se não permanecerem na incredulidade, os judeus ainda terão a salvação em Cristo! Uma aplicação: Deixe a porta aberta! Muitas vezes, sentimos frustrados quando ensinamos a palavra e a pessoa não se converte a Cristo. Mesmo depois de ensinar tudo que podemos, devemos deixar a porta aberta. Se a pessoa, futuramente, mudar de idéia, ainda pode alcançar a salvação.
Se Deus achou lugar para os ramos bravos na oliveira, certamente estaria disposto a enxertar de novo os ramos naturais que se arrependerem (24).
Israel Salvo (25-32)
Paulo ainda combate ao orgulho dos gentios, mostrando que a incredulidade dos judeus abriu a porta para eles (25). Assim, “todo o Israel será salvo” (26-27). Há muitas interpretações erradas desta frase, por falta de consideração do contexto. Paulo estaria dizendo aqui que todos os judeus carnais ainda serão salvos? O contexto prova que não. Ele já mostrou que Israel não é o povo carnal, e sim o povo espiritual (2:28-29; 9:6-8; compare Gálatas 3:29). A salvação de judeus seria possível somente através da fé deles, como mostram as citações do Velho Testamento (26-27; veja Isaías 59:20-21, que mostra a salvação daqueles que se convertem num contexto que demonstra a culpa dos judeus rebeldes). E os judeus carnais? São inimigos em termos do evangelho, pois o rejeitaram, mas ainda foi através deles que Deus cumpriu as promessas aos patriarcas (28-29). A salvação de judeus seria possível nos mesmos termos da salvação dos gentios: aqueles que deixarem a sua desobediência e confiarem na misericórdia de Deus serão salvos (30-32).
A Sabedoria Divina (33-36)
Tudo isso ainda é difícil de compreender? Devemos lembrar que vem de Deus, que é muito superior a nós (33-36). Leia Isaías 55:8-9; 40:13-14.

Sacrifícios Agradáveis (Romanos 12:1-21)
Judeus e gentios são salvos somente pela graça de Deus. Por isso, todos os remidos devem se entregar ao Senhor como sacrifícios vivos e agradáveis.
Transformados (1-2)
A misericórdia de Deus em salvar pecadores exige uma resposta de gratidão. O cristão deve se apresentar a Deus como sacrifício vivo. Não deve se conformar com o mundo, pois se transforma pela vontade de Deus.
Funções Diferentes (3-8)
Os membros de um corpo são diferentes, mas interligados para cooperar para o bem do organismo. Cada membro do corpo de Cristo é diferente, mas todos têm seus papéis para cumprir. Paulo cita exemplos de alguns dons daquela época e de outros permanentes, mas o ponto é o mesmo: cada um deve usar o que recebeu de Deus para lhe servir, e para servir aos outros membros do corpo.
Neste trecho encontramos um princípio importante sobre o nosso serviço. Não devemos agir com orgulho, nos achando melhores que os outros (3). O mesmo versículo mostra que devemos evitar o outro extremo, de pensar que somos incapazes de fazer algo importante. A abordagem certa é uma perspectiva realista e equilibrada: pense com moderação. Mesmo quando reconhecemos a habilidade de fazer alguma coisa, devemos lembrar que é dom que Deus nos deu!
Servir com Amor (9-21)
Este trecho é um dos mais práticos da carta aos Romanos. As orientações dadas aqui vêm como aplicação natural dos fatos doutrinários apresentados nos primeiros onze capítulos. Todos os discípulos de Cristo, judeus e gentios, devem as suas vidas à misericórdia de Deus. Devemos viver como servos gratos, dedicando-nos ao serviço humilde. Observemos algumas características desta atitude de servo:
O amor sincero
    • Sem hipocrisia (9) • Cordial e humilde (10,16) • Ajudar aos necessitados (13) • Simpatia para com os outros (15) • Abençoar os inimigos (14,17-21) • Procurar viver em paz (18)
A justiça
    • Detestar o mal (9) • Apegar-se ao bem (9)
O zelo
    • Fervoroso, constante (11) • Servir ao Senhor (11)
A perseverança
    • Regozijar-se na esperança (12) • Paciente (12) • Orar com perseverança (12)
Pelo amor e pelo sacrifício de Jesus, o nosso Deus misericordioso nos oferece a vida eterna com ele. Em gratidão, devemos nos oferecer como sacrifícios ao Senhor, e como servos humildes dedicados ao povo dele. Esta é “A boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (12:2).

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“Se eu encontro em mim um desejo que nenhuma experiência desse mundo pode satisfazer, eu só posso concluir que eu não fui feito para este lugar".

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